No final de novembro o frio e a neve com "cara de neve" (e não com "cara de chuva", como descrevi na postagem do dia 20 de outubro) chegaram para ficar. A terceira semana de novembro começou nevando, mas não foi o suficiente para cobrir tudo. Porém, 2 ou 3 dias depois já não era mais possível distinguir rua de calçada, calçada de gramado e diferenças de declividade. No primeiro dia em que a cidade amanhaceu coberta de neve, o mais estranho foi quando me dei conta de que tudo estava branco. Normalmente eu levanto umas 7h20 e a primeira coisa que faço é abrir a cortina para ver como o tempo está. Naquele dia eu não abri. Tomei café, me aprontei e 7hh55 saí de casa. Quando abri a porta principal da casa a grande surpresa: TUDO BRANCO. Tanto foi surpresa que Frau Schulz (dona da casa onde vivo) nem se levantou mais cedo para limpar o caminho, que vai da entrada principal da casa até a calçada - um ritual que ela passou a fazer todos os dias, a partir deste dia.
Eu senti um mix de sentimentos: deslumbramento (afinal, a paisagem fica maravilhosa, muito mais bonita que as imagens que eu só via em cartões postais de Natal e nos filmes), emoção (novamente passou um filme na minha cabeça, pois realmente eu estava ali, vivendo tudo aquilo, tendo a oportunidade de sentir a neve, tocá-la, conhecer a textura, saber que realmente as recém-caídas são fofas, muito fofas aliás), um pouco de medo (sim, medo, por quê não? eu não tinha prática de caminhar na neve, ainda mais que logo no primeiro dia que nevou pra valer tudo estava coberto com pelo menos uns 15cm dela) e uma vontade imensa de ter meus pais ali perto de mim para dividir aquele momento (eles nunca saíram do Brasil e, assim como eu até aquele instante, nunca viram neve. Sem contar que eles sempre me deram a maior força em tudo, inclusive para vir morar fora.). Bom, chega de blá-blá-blá. Confiram as fotos da primeira semana (21 a 27.11.10) em que nevou pra valer! :D
Ainda estava só começando, ainda dava para distinguir a rua da calçada.
Vista da sala de onde trabalho.
Centro de Villingen.
A caminho de casa. Neste dia já estava difícil caminhar, foi quando levei meu primeiro tombo em slow motion. O mais engraçado é que você percebe que vai cair, começa a cair, e mesmo assim não consegue evitar... rs. Comédia!
Uma parada para recarregar as energias num ótimo restaurante que tem perto de casa. E é do jeito que o Bread gosta: Paga e come quanto "guenta" ... rs. Não poderia ter feito escolha melhor para fechar a semana com chave de ouro. Eu me senti tão feliz ... rs.
Chegando em casa! :D
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