segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Nossas aulas na universidade RWTH Aachen, Alemanha - Agosto a Setembro de 2010

Final de setembro significou para nós o fechamento de mais um ciclo do Programa ILT - International Leadership Training. Se vocês acessarem o link, vão ver que o governo da Alemanha, através da InWEnt – Internationale Weiterbildung und Entwicklung gGmbH (que agora é GIZ - Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH, oferece mais de 20 cursos ILT´s e um deles chama-se "InnoTALK - Inovação e Tecnologia na América Latina e no Caribe", e é desse que venho participando desde outubro de 2009. Um breve histórico segue abaixo:
  1. setembro de 2009: elaboração do projeto e inscrição no programa;
  2. outubro de 2009: aceitação do projeto;
  3. outubro/2009 a março/2010 (6 meses): processo seletivo no Brasil envolvendo 3 etapas: i) Curso E-Learning sobre Inovação (organizado pelo Instituto Fraunhofer); ii) curso de alemão nivel A1 (E-learning + 64hs presenciais em Cusco, no Peru); e iii) Prova de alemão (nível A1).
  4. março/2010: aprovação no nível A1;
  5. abril/2010: viagem para a Alemanha e fase de adaptação (15 dias);
  6. abril a julho/2010 (3,5 meses): curso de alemão (níveis A2 e B1);
  7. agosto e setembro/2010 (2 meses): capacitação técnica (Fachkurs em Inovação, que seria uma espécie de especialização pra gente aí no Brasil).
O Fachkurs foi realizado na  Universidade Técnica de Aachen (em alemão, Rheinisch-Westfälische Technische Hochschule Aachen - RWTH Aachen), da qual já comentei um pouco em uma postagem anterior. A carga horária foi pesada: tivemos aulas de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, ou seja, 9hs por dia e detalhe: tudo em alemão. Se já não é fácil ter aula o dia todo em nossa língua materna, imaginem só em outra língua e que ainda não somos fluentes. Foi difícil? Foi. Cansativo? Foi. Tinha horas que dava vontade de jogar tudo pro alto e voltar embora? Em alguns momentos. E sabe por quê? Por 2 motivos: 
  1. é difícil voltar a ser aluna com uma carga horária tão pesada depois que você já se formou, terminou a pós-graduação e já está trabalhando. É outro ritmo. E essa inversão de papéis (de ser mais expectador do que um tomador de decisões) foi a parte mais difícil, por mais participativos que fôssemos.
  2. a dificuldade da língua foi um fator limitante, ainda mais o alemão, que é uma língua difícil e nosso nível não era o C1 (fluente). Por mais pacientes que os nossos professores foram, não foi possível absorver 100% desse curso tão interessante. Era muita informação diluída em pouco tempo e sem um período para assimilarmos tudo aquilo. O cansaço mental foi inevitável e as dores de cabeça constantes.
Mesmo assim, consegui aproveitar o máximo que minha mente e meu corpo permitiram, afinal tive sorte. O tema inovação é algo que me atrai e eu trabalho com isso no meu dia-a-dia no Brasil. Os módulos foram divididos da seguinte forma (agora em alemão, para vocês saberem que também há várias palavras fáceis de se entender, muito parecidas e/ou iguais ao inglês):
  • MODUL_1: Innovations-und-Technologieförderung
  • MODUL_2: Innovationssystemförderung
  • MODUL_3: Transfermodelle-Transferinstrumente
  • MODUL_4: Lean Innovation
  • MODUL_5: Szenario-und-Technologiemanagement
  • MODUL_6: Open Innovation-und-Innovationscontrolling
  • MODUL_7: Wissenmanagement-und-Innovationsnetzwerke
Com a maioria dos temas eu já tinha tido contato anteriormente de alguma forma, mas mesmo assim foi interessante porque a gente sempre acaba aprendendo algo diferente. E outros, como foi o caso do "MODUL_4: Lean Innovation", por exemplo, que eu nunca tinha ouvido falar, foi bom porque me despertou o interesse para buscar mais informações. E, na verdade, acho que foi esse o "espírito" desse curso. Nos passar uma visão geral de tudo, inclusive das ferramentas que eles utilizam, para posteriormente nós mesmos estudarmos mais a fundo os temas  que nos chamaram a atenção e/ou que vamos ter mais contato depois. Dois pontos fortes do curso: 1.) os professores (diferentes especialistas para cada módulo, onde a maioria atua no setor privado) e 2.) o material, apesar de estar 90% em alemão... rs, é uma referência de ótima qualidade. A seguir, algumas fotos desses 2 meses de treinamento que foi recheado de:

Desafios ...

Concentração ... 
É, alguns nem tanto .. rs

Discussões ...

Descontração ...

Muito trabalho ...

Bons capacitadores ...
Herr Müller, que depois tornou-se meu chefe na empresa
Steinbeis-Transferzentrum Infothek a partir de out/2010. *.*

Profissionais de diversos países da América Latina ...

E uma pessoa muito especial que nos apoiava em tudo, desde a organização das aulas até as nossas atividades culturais ...
Valeu "Peter", era assim que o chamávamos.

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